Realização

Delegacia, Batalhão de Polícia, IML, jornal. Carro, busca fotógrafo, engarrafamento, relógio rodando,matéria prestes a cair. O dia de um jornalista é difícil, mas ouso dizer que um dia de aspirante a jornalista é muito pior. Como é difícil fazer matéria de polícia sem fontes, nossa! E dá-lhe sorrisos, pedidos, caras de vítimas e simpatia. Sem perder a imagem de forte e sabe-tudo, claro. Meu primeiro conselho de hoje é: jamais pareça desinformado na frente de um policial. Mas sem sombra de dúvidas o trabalho é todo recompensado quando se abre o jornal e lê, mesmo que em um breve colunão, o texto resultante de toda a ralação. Nesses momentos, eu e tantos outros estagiários espalhados pelos jornais do Brasil, temos certeza de nossas escolhas. E sem querer me gabar muito, saber que você escolheu a profissão certa, e que a prática era muito mais prazerosa que imaginara, não tem preço.
Tá filosófico isso aqui, alguns devem estar achando careta. Eu também! Mas no final, a mensagem de hoje é aquela, já manjada pela Xuxa e por tantos outros metidos a filósofos desse mundo, de acreditar em seus sonhos. Corram atrás de seus desejos. Mas, procurem ter força de vontade para saber se o que a sua imaginação fala é mesmo realidade. Caso estejam equivocados, fiquem calmos. Não há motivo para pânico! Enquanto se estiver vivo há tempo.

Novamente, de novo!

Todos temos o direito de recomeçar. Eu, adoro abusar dele!
Vou tentar novamente. Não fui muito feliz na minha primeira tentativa de manter um blog. Aliás, estou considerando a marca de uma única atualização como um fracasso. Espero desta vez me superar. E....conto com a ajuda de alguém bem desocupado, que posso fazer comentários e iniciar discussões sobre algum dos temas inúteis que eu possa lançar.

Gosto não se discute!

Essa "matéria" surgiu em uma das minhas tentativas frustradas de ter uma super pauta bombástica, mas mesmo não funcionando no jornal eu acho pertinente. Neste domingo sete amigas voltavam de uma festa, na grande São Paulo, quando o carro onde estavam colidiu com um caminhão. Voltavam de um aniversário e haviam consumido bebidas alcoólicas. Quatro meninas morreram na hora, uma morreu na madrugada de segunda-feira e as outras duas estão internadas na Santa Casa de Suzano. As vítimas tinham de 17 a 28 anos de idade. A fatal combinação de álcool com direção é lamentável, mas já não é mais novidade. O que realmente me causou espanto foi a repercussão que ocorreu em alguns veículos de comunicação sobre a combinação da festa ter sido feita através do Orkut. Fui então procurar as páginas de relacionamento das vítimas e me deparei com uma comunidade muito curiosa, denominada PGM. A sigla significa "Profile de Gente Morta" e diariamente os membros dela vão divulgando os "perfils" de pessoas que faleceram. Os motivos das mortes são os mais variados possíveis, e até suicidas são divulgados. Atualmente a comunidade possui 3580 membros, o que se pode considerar um número muito expressivo. Foram até mesmo criadas siglas para a comunicação interna em tópicos (DEP = Descase Em Paz e RIP = Rest In Peace). Os participantes se identificam como pessoas interessadas em saber detalhes pessoais de pessoas que já morreram e que inclusive deixam recados de solidariedade para o falecido e até mesmo para sua família. A parte cômica desta história é que algumas criaturas extremamente criativas entram na comunidade para postar o perfil de pessoas por quem nutrem uma inimizade, mas que estão vivas. Não tem como não dizer que isso tudo é no mínimo estranho, e não deixa de ser um hobby um tanto macabro.

O início é sempre difícil. Será que terei paciência????
Lugar para apresentar o meu trabalho, estimular o pensamento e compartilhar opiniões. Fiquem a vontade e voltem sempre!